segunda-feira, 29 de outubro de 2012



Olá!
Olha eu de novo aqui.
Eu venho na tentativa de aprimoramento.Tenho conseguido relativo sucesso.
Relativo sim, porque há um grande obstáculo que tento transpor. Há uma pessoa da minha família que não consigo perdoar. Eu tento, mas ainda não logrei êxito. Porém garanto que antes de partir terei conseguido
Por esta razão o nosso tema hoje é o perdão.
Perdoar messssssmo, cá entre nós, é difícil.




A ARTE DO PERDÃO


A mãe de Lucas estava muito preocupada com ele. Eles já haviam ido a vários médicos, mas nada parecia fazer com que a ferida no joelho de Lucas sarasse. Ele havia se esfolado numa queda de bicicleta, meses atrás, mas por mais que tratasse, aquele machucado permanecia aberto.

Porém um dia, aquela mãe cuidadosa flagrou Lucas. Ele levou um susto! Mas não tinha mais jeito, agora sua mãe sabia que ele descascava a ferida!

- Por que você está fazendo isso, menino?

Lucas não sabia responder o porquê de estar cometendo um ato do qual se envergonhava muito. O prejudicado era ele.

Muitos de nós, adultos, costumamos fazer, com a nossa saúde emocional, exatamente como o que Lucas fazia com o seu joelho, quando deixamos que a amargura seja alimentada no nosso interior. Primeiro acontece algum atrito no relacionamento. Depois, em vez de resolvermos a questão, deixamos que a mágoa fique nos remoendo.

Quando não perdoamos, o mais prejudicado não é a outra pessoa; o sofrimento é reforçado em nós. Não perdoar faz com que sentimentos como ódio, mágoa e ressentimento perdurem. Isto contribui negativamente para nossa saúde mental, física e espiritual. Elas estão intimamente ligadas.

Muitas vezes, temos dificuldade em dar ou receber perdão. Se você não tem muita facilidade em perdoar, provavelmente terá, também, dificuldade de se aceitar perdoado. Portanto, vamos aprender a arte do perdão.

1. O que é o perdão?

É o remédio para os atritos de relacionamentos entre as pessoas. A arte de saber perdoar e receber o perdão é uma mágica que faz com que os relacionamentos sejam duradouros. Na realidade, o perdão é um processo de cura que promove a saúde em todos os seus aspectos. Através do perdão, você faz as pazes com o passado, dá espaço para que a alegria se instaure no presente e adquire esperança para o futuro.

Esta arte consiste, basicamente, na remoção da culpa. É o abandono do ressentimento, na intenção de mudar a posição de culpado que o ofensor recebe e dar a ele a condição de aceito. É como cancelar débito, retirar queixas ou curar feridas. Enfim, é a reconciliação entre duas ou mais pessoas, do mais profundo do coração.

2. Como ele acontece

Às vezes, perdoar pode ser simples, mas muitas vezes, pode ser um processo. Para perdoar é preciso decidir. Sim! O perdão não acontece por acaso. Então, é preciso escolher ter o respeito próprio para não mais: a) fazer mal a si mesmo; b) ser pisoteado por outra pessoa, e ter respeito pelo outro também sem prejudicá-lo com suas atitudes ou comportamentos.

2.1 Quando você ofende

Perdão não envolve somente o ato de perdoar, mas também o de pedir perdão. Ambos são importantes para o nosso desenvolvimento pessoal e espiritual como filhos de Deus. Para pedir perdão, é importante que você:

1) Reconheça o seu erro;

2) Esteja sinceramente arrependido;

3) Peça, em primeiro lugar, perdão a Deus;

4) Peça perdão à pessoa que você ofendeu;

5) Procure reparar o erro ou os danos causados;

6) Esforce-se para não repetir a falta.

Pode ser que, embora você seja cuidadoso em seguir todos os detalhes deste processo, você ainda não consiga receber o perdão. 

Mas não permita que isso lhe deixe abatido:
Caso o ofendido não lhe perdoe, sinta-se você, perdoado. Se a pessoa vai perdoar ou não, não é responsabilidade sua. Uma vez que você tenha feito sua parte com sinceridade e amor, não deve se sentir culpado pela indisposição do outro em perdoar. Se o reconhecimento do erro, o pedido de perdão e a possível reparação já foram feitos, a resposta agora cabe à outra pessoa.

Correr atrás do perdão de uma pessoa geralmente não vale a pena, se você já conversou com ela e já pediu perdão. Corremos o risco de ser pisados mais uma vez. O melhor é manter uma postura digna de aceitação da pessoa, mesmo com os traumas que ela possa ter ou demonstrar. Mas não deixe que o seu comportamento seja para ela uma provocação, caso ela não queira perdoar você. 

Existem pessoas que só se recuperam de uma ofensa com o passar do tempo. Ore por esta pessoa sempre. E espere Deus agir ao longo do tempo. Algumas frases que podem ser úteis são as seguintes: “Se precisar de alguma coisa, conte comigo”; “Estou orando por você”; “O que posso fazer para obter [especifique seu desejo ou necessidade] de você?”; “Apesar das minhas falhas pessoais, estou procurando estar no reino eterno de Cristo e desejo que você também esteja lá”.


Um outro problema que pode acontecer é não perdoarmos a nós mesmos, ainda que tenhamos recebido o perdão de Deus e da outra pessoa. Mesmo que o seu erro traga conseqüências eternamente dolorosas, você precisa aceitar que foi perdoado. Isto não é entusiasmar-se com a desgraça. Isto é amar a si mesmo, na medida em que Deus deseja. Você pode até sentir tristeza pela existência de algum mal, mas, apesar disso, deve aprender que sempre existe a chance do recomeço. Na arte do perdão, devemos aprender a separar duas coisas: conseqüência e culpa. A consequência, não podemos evitar; mas a culpa, não precisamos carregar.

É importante que, após o reconhecimento do erro e de pedirmos o perdão a Deus, também nos perdoemos! Se não nos perdoarmos, ficaremos “remoendo” o erro, por mais que já tivermos recebido o perdão da outra pessoa e de Deus. E isso não é bom!

2.2 Quando você é o ofendido

Ao contrário do que muitos pensam, o perdão não é uma complacência com o erro. Quando perdoamos ou quando pedimos o perdão, não estamos concordando com o erro (do outro ou nosso), mas aceitando que o fato aconteceu. Aceitamos a falibilidade do ser humano, apesar de não nos acomodarmos com ela.

Quando tratamos as pessoas melhor do que elas merecem, estamos seguindo o exemplo de Jesus. Pesquise sobre todos os relacionamentos que Ele teve e analise como Ele perdoou. Jesus não suprimia da verdade uma palavra que fosse, mas sempre falava com amor. Em Seu convívio com o povo, exercia o maior tato, dispensando-lhes atenta e bondosa consideração. Nunca era rude; jamais pronunciava desnecessariamente uma palavra severa; nunca motivava dores desnecessárias a uma alma sensível. Ele não censurava as fraquezas humanas.

3. Tomando a iniciativa

Tem gente que guarda ressentimentos por causa de uma discussão, um mal-entendido ou mesmo por uma necessidade não percebida pelo companheiro. Então, fica esperando que o(a) companheiro(a) toque no assunto, para então, “conceder perdão” ao “ofensor”.

Bruna estava bem doente. Ela contou à Gabriele, sua amiga, que não estava falando com o marido há três meses. Eles haviam tido um desentendimento a respeito da compra de um imóvel. E a posição daquela esposa era a de não voltar a conversar com o marido, a menos que fosse procurada primeiramente. “Porque é o Felipe quem me deve desculpas”, ela dizia. A resistência em demonstrar amor estava agravando o estado de saúde da Bruna.

Gabriele insistiu com Bruna, que ela deveria procurar o marido para resolverem a questão, e ela assim o fez. Veja a surpresa: o marido agradeceu à esposa por procurá-lo e foi o primeiro a pedir perdão. Os dois saíram ganhando. O mal-entendido foi resolvido, e quando Felipe e Bruna recuperaram a felicidade no casamento, a saúde física dela também foi recuperada.

Quando tomamos a iniciativa de conversar sobre os nossos sentimentos feridos, estamos contribuindo para a nossa própria saúde mental e para uma maior harmonia conjugal.

4. Esquecendo?

Perdoar não é esquecer, no sentido de apagar a ofensa da memória. Perdoar é esquecer no sentido de apagar a condenação. Você ainda vai lembrar do que aconteceu, mas não deixe que a recordação continue a lhe machucar. Apesar de ainda ter o registro do caso no cérebro, não deixe que ele prejudique mais o seu relacionamento com o perdoado, pois já houve o perdão. “Sejam amáveis e prontos em perdoar; jamais guardem rancor” (Colossenses 3:13 – BV).

Se você perdoou, sepulte a ofensa e nunca mais use sua língua para reabrir o túmulo. Quando as lembranças vierem e você sentir um ressentimento apontando, corte o pensamento pela raiz. Decida isto! Não descasque a ferida. Reconstrua o relacionamento.

5.Aceitando quem ofendeu você

Mesmo sabendo que a pessoa tenha agido de forma errada, transmita-lhe amor na medida em que você for conseguindo. Abrace – em todos os sentidos possíveis da palavra – o ofensor, dando-lhe um sorriso que substitua palavras. Continue a admirar e a respeitar esta pessoa que é alvo do seu amor.

6. Cultivando o hábito

Faça da prontidão em perdoar, um estilo de vida. Se você tiver a iniciativa de perdoar como um princípio estabelecido no seu modo de viver e de encarar todos os níveis de relacionamento, no dia em que for magoado profundamente, estará mais forte emocionalmente para sair dessa com menos dificuldade. As pequenas ações de perdão no dia-a-dia e a manutenção contínua da limpeza de coração, é que vão lhe ajudar nisso. Portanto, perdoe a todos, sempre, até mesmo nas pequenas coisas. Perdoe os seus pais, os seus irmãos, os seus parentes, o cônjuge, os seus vizinhos, amigos, colegas, irmãos de igreja e, até mesmo, os desconhecidos. Você não terá nada a perder. Apenas ganhará habilidade, e talvez até o título, de um grande perdoador. Faça “todo o possível para viver em paz com todos” (Romanos 12:18).

Conclusão

Todos nós temos dificuldade em dar e receber perdão. Mas é importante que você lembre de duas coisas:

Deus é Aquele que está disposto a nos dar a cura interior, sempre que vamos a Ele, sinceramente arrependidos: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1:9).

Assim como o Senhor nos perdoou, devemos perdoar uns aos outros (Colossenses 3:13). Vamos seguir o exemplo do Mestre? A nossa próxima lição é sobre como ter Jesus em nosso lar. Que Ele abençoe a sua família.

esperança.com.br

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Sonia Maria

domingo, 28 de outubro de 2012



Olá!
Sabemos que em nosso trabalho de aprimoramento pessoal devemos nos libertar das emoções menores e mais densas.
Uma das emoções mais difíceis de controlarmos e nos libertarmos é o apego.
O ser humano é o animal, que embora racional, é o mais apegado ao que lhe julga pertencer.
Esquecemos que tudo nos é emprestado nesta vida, até o corpo físico.

Hoje trago um texto falando exatamente sobre este sentimento de posse que tanto nos faz sofrer.






Apego

O apego está relacionado ao agarrar-se. Agarrar algo é um ato superficial, não existencial. Todos nós somos apegados à alguma coisa, entretanto sabemos o quanto sofremos quando temos que abrir mão daquilo que estamos apegados. Saiba que o apego limita nossos verdadeiros desejos. Quando estamos apegados somos mesquinhos e egoístas e não estamos seguindo o fluxo da natureza. A natureza é desapegada. Por exemplo, quando um pássaro bota um ovo, a mãe está presente até o momento em que seu filhote nasce, cresce e fica forte. Depois, o pequeno pássaro vai buscar o seu próprio caminho. A mãe não se apega ao filhote que agora já é um adulto. Existem diversas formas de apego as quais podemos renunciar. Faça uma reflexão interna e perceba qual apego que existe hoje em sua vida e qual você já está disposto a deixar fluir.

DESAPEGO

Desapego... que exercício difícil para nós ainda presos ao ego humano... o apego é uma das maiores ilusões da vida terrena... apegar-se a que? A quem? Apegar-se para que? Se tudo é transitório, se tudo é passageiro... O apego é uma das fontes de maior sofrimento... quanta dor, quantas lágrimas por nada. 
O apego é o mesmo que querermos segurar o vento, o ar... somente com o desapego é que podemos ter... ter o que é da alma... porque nós não temos... nós simplesmente somos... somos o que somos.

O sofrimento do apego se inicia aqui, na Terra, quando presos aos mayas* acreditamos ter posse sobre as coisas materiais; a nossa terra, a nossa casa, as nossas roupas, a nossa beleza, o nosso carro, o nosso cargo, a nossa posição social, o nosso talão 5 estrelas, o nosso cartão de crédito internacional, a nossa empresa e assim por diante... 

Claro que a prosperidade é um direito do ser, é estarmos em sintonia com a energia da abundância cósmica, mas não podemos confundir com posse... 

Alguns tem um forte sentimento de apego dentro de um Fusca 64 e outros passarão totalmente desapegados dentro de uma carrão do ano... nós aprendemos na Luz e na sombra... temos que perder para darmos valor ao ganhar, temos que passar pela escassez para aprendermos a buscar a abundância; e a vida é uma grande roda, que gira e gira e nós vamos vivenciando todos os desafios, todas as situações para adquirirmos sabedorias... tudo é cíclico... tudo é empréstimo temporário para o nosso aprendizado. 

Quanto sofrimento é gerado à alma no momento do seu desencarne, quando, presa aos apegos terrenos... não alcança a Luz porque está olhando as sombras; não atinge um nível maior de consciência porque está presa à inconsciência dos apegos terrenos... 

Devemos sim viver os prazeres da terra, com o desapego da alma... vivendo aquilo que a vida está nos proporcionando sem a prisão do medo da perda... 

E o que dizermos do apego emocional? Ah... é mais e muito mais dolorido! Criamos inúmeras vezes na nossa mente, no nosso corpo emocional, a ilusão de que o outro nos pertence, que nós temos posse sobre o outro e também vendemos a ilusão que o outro tem posse sobre nós... e neste jogo emocional vivemos anos, vidas inteiras e criamos laços carmáticos profundos... e o mais irônico, para não dizer o mais triste, é que nos atrevemos, presos a esta visão distorcida, a chamar isto de amor! 

Mas temos que compreender que para atingirmos o Desapego e o Amor Maior, temos que vivenciar o apego e o amor terreno. São os nossos primeiros passos para alcançarmos a sabedoria dos Mestres. 

Nós confundimos apego profundo com desapego e não conseguimos realmente enxergar nossa confusão e a vida faz a parte dela, ou seja, gera o desapego para percebermos o quanto estávamos apegados. Na minha própria experiência de vida e na minha experiência profissional já tive a abençoada oportunidade de perceber esta distorção. 

Na minha mente vêm, neste momento, dois ou três casos recentes que ilustram esta situação e vou citar um deles para que, através de uma profunda reflexão, sirva-nos como um aprendizado, porque a humanidade é interligada e um influencia o outro; o aprendizado de um altera o todo: 

“A Maria e o João foram casados por quase 20 anos. O João se apaixonou pela Joana e foi embora em busca da sua felicidade, real ou ilusória, não importa aqui. Isto já faz dez anos... O João foi embora mas continuou iludindo a Maria. Não permitia que ela se desprendesse dele. Visitava-a constantemente, a presenteava sempre, escrevia cartas dizendo da sua ligação com ela, que não conseguia esquecê-la, mas que não tinha forças para deixar a Joana pois ela era tão frágil... tão necessitada dele... e que a Maria sim, era forte, e como ele a admirava por isso e que a Maria poderia compreender e esperar que ele resolvesse a situação... e que tentaria resolver o mais breve possível e em algumas vezes até deixava transparecer que seu desespero era tão grande que poderia até se suicidar e que a Joana era tão dependente que se ele a deixasse provavelmente ela seria capaz de fazer uma loucura e o que seria dele? E a consciência e responsabilidade dele? Nunca mais se perdoaria. A Joana era tão depressiva... até tomava vários medicamentos... e a Maria nisso tudo? Um verdadeiro exemplo de desapego... negou a própria vida, parou de lutar por suas metas, escondeu-se atrás destas migalhas ilusórias e ficou aguardando esperançosa o retorno do João; ficou adiando ser feliz por todos esses anos... Quando o João retornasse como seriam novamente felizes”! 

Desapego? Amor incondicional? Baixa auto-estima? Sim, pode até ser “amor” mas o amor incondicional é desapego e desapego é amor incondicional... é querer a felicidade e o bem estar do outro e de si mesmo. Mas para amarmos o outro temos também que nos amar e nos respeitar. Será que não é um apego tão forte, tão enraizado, que não permitimos que o outro seja feliz e num grande auto boicote, optamos em sermos infelizes para não nos desapegarmos do outro e não permitirmos que o outro se desapegue de nós. 

O que aparenta desapego é um profundo apego; tão forte que preferimos renunciar à própria felicidade do que renunciarmos ao outro. Estejamos atentos aos mayas... aos auto boicotes... às migalhas que acreditamos merecer...

Desapego nos liberta. Apego nos aprisiona.

Exercitemos o desapego das coisas materiais, das ilusões emocionais, dos rancores, das mágoas, de tudo aquilo que nos aprisiona.

Libertemo-nos! Sejamos livres no Desapego!

Fonte: *Mayas (do sânscrito): "Ilusão". - stu/ por: Ingrid Dalila Engel

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Este texto é um bom tema para reflexão, não acha?
Espero que tenha gostado.

Namaste
Sonia

sábado, 27 de outubro de 2012




Olá!
Hoje venho trazendo um artigo da Revista Super Interessante que trata de reencarnação e da lembrança de vidas passadas.
Objeto de nosso estudo e trabalho, a lembrança de outras vidas tem ajudado, através da técnica de captação psíquica, a resolver inúmeros problemas físicos e emocionais de irmãos encarnados.
Claro que existem outros tipos de terapias que atuam neste mesmo campo.
Gostaria de informar a adesão de dois novos membros em nosso grupo: Eduardo Melo Valente e sua esposa Lucia. Ambos com formação espiritualista e profissionalmente Valente tem um consultório onde atende seus pacientes com a TVP.
Em breve estarei postando textos do Terapeuta Valente que são bastante ricos para uma orientação e reflexão.



Reencarnação: Memórias de outras vidas

O conceito de reencarnação está impregnado de fé e misticismo. Mas a multiplicação de relatos impressionantes de lembranças e marcas de supostas vidas passadas atrai cada vez mais o interesse da ciência











Em uma das mais prestigiosas universidades públicas dos Estados Unidos, a Universidade de Virgínia, pesquisadores da área de saúde mental dedicam-se há décadas a desafiar os céticos. Ali são estudados, entre outros casos que ultrapassam os contornos da ciência convencional, relatos sobre reencarnação, muitos deles submetidos à checagem. Resultados conclusivos não há, mas eles são, no mínimo, intrigantes. À frente da Divisão de Estudos da Personalidade está o mais famoso pesquisador sobre o assunto, o já octogenário Ian Stevenson. Seus livros e textos em publicações científicas descrevem casos de crianças que se recordariam de vidas passadas e de pessoas com marcas de nascença que teriam sido originadas por cicatrizes de existências anteriores.

Stevenson e sua equipe avaliam casos de reencarnação da forma que consideram a mais acurada possível. Fazem entrevistas, confrontam a versão narrada com documentações, comparam descrições com fatos que só familiares da pessoa morta poderiam saber. Por tudo isso, ele se tornou um dos maiores responsáveis por ajudar a deslocar – ainda que apenas um pouco – o conceito de reencarnação do campo da fé e do misticismo para o campo da ciência.

Mas o que leva esse renomado médico, com mais de 60 anos de carreira, e tantos outros pesquisadores a encararem a reencarnação como uma hipótese válida?

Bem, são histórias como, por exemplo, a de Swarnlata Mishra, uma menina nascida em 1948 de uma rica família da Índia e que se tornou protagonista de um dos casos clássicos – digamos assim – da literatura médica sobre vidas passadas. A história é descrita em um dos livros de Stevenson, Twenty Cases Suggestive of Reincarnation (“Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação”, sem versão brasileira), e se assemelha a outros registrados pelo mundo sobre lembranças reveladoras ocorridas, principalmente, na infância. Mas, ao contrário da maioria, não está relacionado a mortes violentas, confrontos ou traumas.

A história de Swarnlata é simples. Aos 3 anos de idade, viajava com seu pai quando, de repente, apontou uma estrada que levava à cidade de Katni e pediu ao motorista que seguisse por ela até onde estava o que chamou de “minha casa”. Lá, disse, poderiam tomar uma xícara de chá. Katni está localizada a mais de 160 quilômetros da cidade da menina, Pradesh. Logo em seguida, Swarnlata começou a descrever uma série de detalhes sobre sua suposta vida em Katni. Disse que lá seu nome fora Biya Pathak e que tivera dois filhos. Deu detalhes da casa e a localizou no distrito de Zhurkutia. O pai da menina passou a anotar as “memórias” da filha.



Recordações de mãe

Sete anos depois, em 1959, ao ouvir esses relatos, um pesquisador de fenômenos paranormais, o indiano Sri H. N. Banerjee, visitou Katni. Pegou as anotações do pai de Swarnlata e as usou como guia para entrevistar a família Pathak. Tudo o que a menina havia falado sobre Biya (morta em 1939) batia. Até então, nenhuma das duas famílias havia ouvido falar uma da outra.

Naquele mesmo ano, o viúvo de Biya, um de seus filhos e seu irmão mais velho viajaram para a cidade de Chhatarpur, onde Swarnlata morava. Chegaram sem avisar. E, sem revelar suas identidades ou intenções aos moradores da cidade, pediram que nove deles os acompanhassem à casa dos Mishra. Stevenson relata que, imediatamente, a menina reconheceu e pronunciou os nomes dos três visitantes. Ao “irmão”, chamou pelo apelido.

Semanas depois, seu pai a levou para Katni para a casa onde ela dizia ter vivido e morrido. Swarnlata, conta Stevenson, tratou pelo nome cada um dos presentes, parentes e amigos da família. Lembrou-se de episódios domésticos e tratou os filhos de Biya (então na faixa dos 30 anos) com a intimidade de mãe. Swarnlata tinha apenas 11 anos.

As duas famílias se aproximaram e passaram a trocar visitas – aceitando o caso como reencarnação. O próprio Stevenson testemunhou um desses encontros, em 1961. Ao contrário de muitos casos de memórias relatadas como de vidas passadas, as da menina continuaram acompanhando-a na fase adulta – quando Swarnlata já estava casada e formada em Botânica.

Assim como esse, há milhares de outros episódios intrigantes, alguns mais e outros menos verificáveis. Somente na Universidade da Virgínia há registros de mais de 2500 casos desse gênero. Acontece que, para a ciência, a ocorrência de casos isolados, ainda que numerosos, não prova nada. Os céticos atribuem essas histórias a fraudes, coincidências ou auto-induções às vezes bem intencionadas.

Mas, embora a ciência duvide da reencarnação, a humanidade convive com a crença nela faz tempo. De acordo com algumas versões, o conceito de reencarnação chegou ao Ocidente pelas mãos do matemático grego Pitágoras. Durante uma viagem que fizera ao Egito, ele teria ouvido diversas histórias e assistido a cerimônias em que espíritos afirmavam que vinham mais de uma vez à Terra, em corpos humanos ou de animais. O mesmo conceito – com variações aqui e ali – marcou religiões orientais, como o bramanismo e o hinduísmo (e, mais tarde, o budismo), e também religiões africanas e de povos indígenas, segundo Fernando Altmeier, professor de Teologia da PUC de São Paulo. Na verdade, “a reencarnação nasce quase ao mesmo tempo que a idéia religiosa tanto no Ocidente quanto no Oriente, com os egípcios, os gregos, os africanos e os indígenas”, diz Altmeier. A idéia, porém, não deixou traços – pelo menos não com a mesma força – nas três religiões surgidas de Abraão: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.

No século 19, o francês Hippolyte Leon Denizard Rivail – ou Allan Kardec – e outros estudiosos dedicaram-se a um tema então em voga na Europa: os fenômenos das mesas giratórias, em que os sensitivos alegavam que espíritos se manifestavam com o mundo dos vivos. Kardec escreveu uma série de livros sobre as experiências mediúnicas que observou e, tendo como base a idéia da reencarnação, fundou a doutrina espírita. Para os espíritas, reencarnação é um ponto pacífico. Mas muitos deles preferem dar crédito a relatos embasados no cientificismo. “Dirijo a área de assistência espiritual na Federação Espírita do Estado de São Paulo, por onde passam 200 mil pessoas por mês, mas, no que diz respeito à fenomenologia, sou mais pé no chão, sou muito rigoroso”, afirma o advogado Wlademir Lisso, de 58 anos.



Terapias e evidências

Nas aulas que dá na federação sobre espiritismo e ciência, Lisso – que é autor de três livros – se baseia, sobretudo, nas pesquisas feitas por universidades estrangeiras, que considera mais confiáveis. Lisso diz que já perdeu as contas das vezes que ouviu pessoas lhe dizendo que tinham lembranças de outras vidas, algumas, talvez, por meio das chamadas terapias de vidas passadas. “Terapias, por si só, não provam nada”, diz Lisso, referindo-se a uma prática que supostamente leva a pessoa a escarafunchar memórias tão remotas quanto as de duas, três encarnações anteriores. Os espíritas não recomendam a experiência. “Até os anos 50, flashes ou outras manifestações eram considerados distúrbios mentais”, diz Lisso. Com o tempo, ganhou eco a explicação de que muitos desses sintomas poderiam ser evidências de existências passadas.

No Brasil, um dos poucos que seguiram a linha da investigação mais científica foi Hernani Guimarães Andrade, que morreu há quase dois anos. Autor de diversos livros, entre eles Reencarnações no Brasil (O Clarim, sem data), Andrade conta o caso de uma menina paulistana, identificada apenas como Simone. Nos anos 60, quando tinha então pouco mais de 1 ano, ela começou a pronunciar palavras em italiano, sem que ninguém a tivesse ensinado. Passou também a relatar lembranças que remontavam à Segunda Guerra Mundial. Seu relato era tão vívido que familiares se renderam à idéia de que fragmentos de uma encarnação passada ainda pairavam em sua mente. A avó da menina registrou, em um diário, mais de 30 palavras em italiano pronunciadas pela neta e histórias de explosões, médicos, ferimentos e morte. As recordações pararam de jorrar quando a menina tinha por volta de 3 anos.

Mas as supostas memórias de crianças como Simone e Swarnlata não são os únicos sinais que chamam a atenção dos estudiosos. Em várias universidades ao redor do mundo, os pesquisadores passaram a examinar também marcas de nascença – associadas a lembranças – como possíveis evidências de reencarnação. O mesmo Stevenson reuniu um punhado desses casos num estudo divulgado em 1992. Segundo o levantamento feito com 210 crianças que alegavam ter lembranças de outras vidas, cerca de 35% apresentavam marcas de nascimento na pele. Em 49 casos, foi possível obter um documento médico, geralmente um laudo de necropsia, das pessoas que as crianças haviam supostamente sido em outra encarnação. A correspondência entre o ferimento que causara a morte e a marca de nascença foi considerada, no mínimo, satisfatória em 43 casos (88%), segundo Stevenson.

Um exemplo citado por ele é o de uma criança da antiga Birmânia que dizia se lembrar da vida de uma tia que morrera durante uma cirurgia para corrigir um problema cardíaco congênito. Essa menina tinha uma longa linha vertical hipopigmentada no alto do abdome. A marca correspondia à incisão cirúrgica da tia. Stevenson recorre a uma frase do escritor francês Stendhal para se referir a casos de memórias e de marcas que, às vezes, podem passar despercebidos: “Originalidade e verdade são encontradas somente nos detalhes”.



Tinta fresca

Para pesquisador, há fortes indícios de que muitas crianças conseguem se lembrar de suas vidas anteriores

O professor Jim B. Tucker, da Divisão de Estudos da Personalidade do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, estuda e atende casos de depressão e outros distúrbios em crianças e adolescentes. Tem especial interesse por casos de crianças que alegam ter lembranças de vidas passadas. Nestaentrevista, concedida por e-mail à SUPER, Tucker fala das características mais freqüentes desses relatos e de fatos que mais o impressionaram.



Quantos casos de crianças que alegam lembrar de vidas passadas o senhor já observou?

Temos mais de 2 500 casos registrados em nossos arquivos. Eu, pessoalmente, vi vários.



Quais são as principais características desses casos?

Os casos geralmente envolvem crianças pequenas que dizem se lembrar de uma vida passada. Elas podem descrever a vida de um membro falecido da família ou um amigo da família ou podem descrever a vida de um estranho num outro local. Outros fatos incluem marcas de nascença que combinam com os ferimentos no corpo da pessoa falecida e comportamentos que parecem ligados à vida anterior.



Há uma explicação para o fato de as lembranças ocorrerem principalmente durante a infância?

As crianças começam a fazer seus relatos numa idade precoce, logo que começam a falar. Isso faz sentido, porque parecem ser memórias que elas carregam consigo desde a vida anterior.



Quais tipos de evidências mais impressionaram o senhor?

Ainda acho que a mais forte evidência envolve declarações documentadas que alguma criança tenha feito e que se provaram verdadeiras em relação a uma pessoa que viveu a uma distância significativa. O dr. Jünger Keil (pesquisador da Universidade de Tasmânia, na Austrália) investigou um caso na Turquia no qual um garoto deu muitos detalhes sobre um homem que tinha vivido a 850 quilômetros e morrido 50 anos antes de o menino ter nascido.



Como médico, o senhor considera possível explicar esses relatos de uma perspectiva científica?
Nenhum desses casos é “prova” da reencarnação, e um cético pode sempre encontrar um ponto fraco em um caso ou, como objetivo de desacreditá-lo, em qualquer estudo médico. Entretanto, como um todo, os casos mais significativos constituem um forte argumento de que algumas crianças parecem, sim, possuir memórias de vidas anteriores.

por Marcos de Moura e Souza
maio de 2005

Espero que tenham gostado do artigo.




Namaste
Sonia


domingo, 21 de outubro de 2012


Olá!
Estou novamente ativa no blog de captação psíquica.
Vou colocar textos diversos para reflexão. 
Começo hoje com um texto que visa auxiliar a reforma intima.
Este texto foi extraído do Site Luz da Serra e casa com a vivência que temos tido em nossos atendimentos.
Espero que gostem.


Para reflexão....







"É possível alguém fugir de si mesmo?

É uma pergunta estranha, e quero comentar o que tenho observado ultimamente nos atendimentos na clínica, no Centro Espiritualista que trabalho e em conversas com as pessoas.
Vejo pessoas acometidas pela depressão, pela síndrome do pânico, pelo transtorno de ansiedade, doentes de diversas enfermidades, angustiadas. Consumindo drogas lícitas, de tarja preta.

Outras tantas pessoas, mergulhadas nos jogos virtuais pelo celular, pelo vídeo ou pela internet, deixando de pensar, de viver, de sentir, de ser quem veio ser, deixando sua existência transcorrer, perdendo a grande oportunidade que é a vida.

Tem os fanáticos pelos inúteis programas de TV, pelos jogos de futebol que deveria ser uma distração e passou a ser um campo de energias densas e ruins, pela má influência das novelas, pela lamentável repercussão dos reality shows, com energias vibracionais baixíssimas, penetrando nos lares e nos campos energéticos das pessoas.

Com tantas más informações sendo despejadas, percebo que muitas pessoas aproveitam e mergulham nessa onda, por diversos motivos : alguns querem ser esquecidos, quando focam sua atenção no mundo virtual e ilusório e outros querem chamar a atenção para si.
Mas percebo que há algo em comum em todos eles, pois emitem mensagem subliminar: um pedido socorro.


Alguns querem ser vistos, notados, amados ou chamar a atenção para as suas carências, frustrações e até esquecerem-se do que viveram ou vivem. Outros querem estar na moda para serem aceitos. Entretanto, o fazem da pior maneira, se autodestruindo, se desconectando com a realidade e se afundando cada vez mais nas ilusões.

Com tantas atividades autodestrutivas sendo praticadas pelas pessoas e emanadas pelos meios de comunicação, percebe-se que elas querem fugir de alguma coisa que nem mesmo sabem o que é.
Querem se esquecer de algo, se esconder, não pensar nos fatos, nem falar das suas aflições, nem querem pensar nisso.

É melhor não encarar a sua verdade, o seu mundo.


Parecem que tais pessoas, gritam, pedem de uma maneira ou de outra, por ajuda, mas não diretamente, pois não sabem fazê-lo, por isso agridem, aterrorizam, fogem, afastam-se, iludem-se, escondem-se de si mesmas...

É impossível esconder-se de si mesmo, por isso abafam suas aflições, escondem suas emoções, tentam calar seus pensamentos e as lembranças de fatos ruins.

Para sair disso, a única via é enfrentar a si mesmo e não fugir.

É encarar sua verdade, jogar o lixo emocional fora, é rever suas posições. Buscar, até se necessário, as respostas em vidas passadas, rever sua infância, os dissabores e colocar tudo em ordem.

Sair do meio da multidão, afastar-se do jogo consumista, fugir dos desejos do ego que nunca se satisfará.

Deve ouvir-se, sentir-se, olhar-se, agir e pedir ajuda, sem orgulho, sem vaidade, sem medo de ser feliz.

Pedir auxílio, falando e não gritando, nem se escondendo nos jogos eletrônicos, internet e celulares.

Olhando nos olhos de outra pessoa e interagindo com ela, sentindo a energia da vida, da natureza, do amor, da harmonia.


É preciso dar um sentido maior para a sua existência.


As oportunidades se abrem, o Universo envia ajuda, basta estarmos atentos e buscarmos pela libertação das angústias, das aflições, da ansiedade, do sofrimento.

Buscar a si mesmo e descobrir o mundo maravilhoso que existe dentro de cada um.

Pare de fugir de si mesmo, ame-se, viva, encontre a verdadeira alegria dentro de si e não fora, antes que seja tarde demais. 

“Não deveria envelhecer antes de ficar sábio...”
- disse o bobo da corte ao Rei Lear, William Shakespeare.