sexta-feira, 13 de abril de 2012



VIVENDO SITUAÇÕES DO PASSADO NO PRESENTE








Olá! 

Volto com o intuito de fazer alguns comentários a respeito da questão “tempo”. 

Este “tempo” abrange presente passado e futuro. 

Somos pessoas históricas por excelência. Na memória do nosso espírito há uma verdadeira historiografia de nossos atos, obras, hábitos, sentimentos e comportamentos. 

Com as novas pesquisas espiritualistas acredito que todo esse arquivo histórico não está apenas guardado, mas “vive” dentro de nós. 

Somos um arquivo onde as personagens e as histórias que o compõem estão muito vivos interagindo entre si, raciocinando e sentindo. 

Este arquivo vivo do nosso espírito é composto das personalidades anteriores a nossa. Ou para entender melhor: nossas vidas passadas. 

Você pode não acreditar, mas elas sentem-se vivas e estão cheias de achaques, neuroses, recalques. É o mundo subconsciente que vive em nós que necessita ser estudado e conhecido pelo seu portador, ou seja você e eu. 

A questão é que esse mundo que vive no recesso do nosso ser atua em nossa vida de uma forma constante e diária. Toda essa gama de sentimentos, comportamentos é passado ao ser encarnado podendo adoentá-lo psíquica e fisicamente. 

O intercâmbio passado-presente é tão forte que nos tornamos médiuns de nossas próprias vidas passadas. É só nos afinizarmos com os sentimentos e hábitos dessas vidas passadas e o nosso subconsciente assume o controle toda vez que a mente consciente se distrai. 

Estamos em contato com esta realidade em nossas reuniões semanais e vivenciamos situações variadas que interferem no dia a dia do encarnado. 

Um exemplo que acredito aconteça em todos os lares é o da raiva e aversão entre membros de uma  família. 

Tem membros da nossa família por quem temos uma inexplicável sensação de rejeição. Aversão pelo pai, mãe, avô, avó, irmão, até mesmo por um agregado. Essa aversão pode estar acompanhada por outros sentimentos como a raiva, por exemplo. 
Ainda pode acontecer um mal estar físico quando se está na presença da pessoa, como suor, taquicardia, enjoo. 

Este sentimento pode ser mútuo, mas situações como esta geram um sentimento de culpa por isso. Sem entender as vidas passadas,as pessoas culpam a si mesmos e sentem-se desajustados achando que possuem algum tipo de problema. 
Fica aqui um relato de um caso que foi atendido pelo grupo. 



Relato de Caso 



Paciente : T.A.L – 53 anos 

Sintomas: T.A.L. relata sua vivência com seu filho de 17 anos. Desde criança tem dificuldade de educá-lo, pois a cada intervenção da mãe ele tem um comportamento agressivo, não só com palavras, mas também com atos, tais como atirando objetos em direção dela. O motivo principal da sua presença em busca de auxílio foi que da última agressão ele tentou enforcá-la. 
T.A.L. relata ainda sua vontade de largar tudo e ir embora, mas o sentimento materno a mantem do lado dele para que com seu temperamento agressivo não arrume problemas que não possam ser sanados. 
T.A.L. nos conta que desde a gravidez seu filho dera trabalho. Foi uma gestação penosa e um parto complicado. 
Seu filho está em tratamento psicológico na tentativa de achar a origem de tanta aversão pela figura da mãe. 
Todos os diagnósticos feitos por terapeutas e médicos não encontraram uma resposta consistente. Não acharam nenhum fato relevante que pudesse causar tanta aversão. 

Somente a teoria da reencarnação e da lei do Karma pode explicar e justificar de uma forma mais segura esse sentimento profundo de ódio. 
A explicação para este fato foi obtida através da captação psíquica. 

Foram atendidas personalidades do filho de T.A.L. onde depois de exaustivas conversas, conseguimos que ele desabafasse a razão que o levava a agredir e odiar a pessoa que o havia gerado para esta encarnação. 

Feito o encaminhamento da personalidade, depois de fazer regressões e projeções, pudemos liberar a paciente na certeza de que seu filho mudaria de comportamento ou pelo menos melhoraria. 

Tivemos a grata surpresa , uma semana depois. T.A.L. nos telefonou dizendo que seu filho era outra pessoa. Que toda a agressividade havia sumido. 

Claro que agradecemos à Deus a possibilidade de atuarmos dentro das leis de amor ao próximo ajudando àqueles que chegam até nós. 

Cumpre-me aqui esclarecer que sentimentos antagônicos em duas pessoas podem também não ter origem em vidas passadas. Por vezes pessoas de nosso núcleo familiar expressam comportamentos que repudiamos em nós mesmos. Na tentativa de negar e dissimular algo que existe em nós, transferimos para o outro e assim nasce uma aversão. Neste caso não é que não gostemos da pessoa, nós não gostamos de um aspecto da nossa personalidade e deslocamos a sua percepção para o outro. 

Este é um mundo fascinante. O comportamento humano vale à pena ser observado. Quando temos o conhecimento da interferência das personalidades no nosso cotidiano passamos a entender melhor as reações que temos e aprendemos a a ter maior compreensão e tolerância. 

Isto não deixa de ser um ato de amor. 

À vocês meu carinho.




Namastê

Sonia Maria














Um comentário:

  1. Muito interessante, Sônia e acredito que o tratamento acabou sendo mais rápido e eficaz do que uma longa terapia. Conheço tantos casos assim...
    Beijos!

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