sábado, 12 de maio de 2012



O DESPERTAR PARA A REALIDADE


Olá!
Sou uma princesa sem reino, mas sou princesa.
Estou acordando para a realidade de uma forma relutante e compulsória. Alguém resolveu ter caridade e me ajudar a não perder uma encarnação. 
Explico: estou internada num sanatório já há alguns anos. Foi a forma que achei para não viver uma realidade que não me agrada. Claro que com o passar dos anos me integrei ao clima de loucura e sou hoje rotulada como esquizofrenica.
Na realidade isso pouco me importa , pois meu objetivo era voltar para meu mundo de realeza. Ainda não consegui e parece que, com os últimos acontecimentos, vou demorar ainda algum tempo por aqui.



Preciso desabafar, assim talvez me sinta melhor.

Fui uma princesa de um pequeno reino, mas poderoso, na idade média localizado na Europa. Frustrei meus pais por ter nascido mulher. Eles queriam um homem que os sucedessem no reino. Cresci no meio da riqueza, com serviçais, com luxo mas praticamente afastada do convívio com meus pais. Só os via em ocasiões solenes ou quando minha mãe passava para me visitar, de uma forma informal, para ver se estava tudo bem.

Sem receber afeto tornei-me uma pessoa fria e ressentida. Tratava àqueles que me cercavam com a mesma frieza com que era tratada e  descarregava neles toda a ira que sentia por ser preterida do convívio familiar.
Tinha tudo que queria, nada me faltava....só o amor.

Cresci educada por preceptores, que souberam me dar uma boa formação. Procurei me esmerar nos ensinamentos pois, quem sabe, poderia assim atrair os olhares de meu pai e poder usufruir de alguns momentos ao seu lado. 

Ledo engano. Seus olhos estavam voltados para o menino que tanto esperara. Fui me isolando cada vez mais e me tornando uma pessoa que, compulsivamente, adquiria riquezas para compensar a falta de afeto. Sentia-me por um curto espaço de tempo recompensada e feliz por ter gasto o dinheiro de meu pai, ainda na tentativa de me fazer presente assustando-o com as volumosas somas de dinheiro que dispunha. Porém nem assim conseguia que olhasse para mim.

O tempo passou. Tentaram arrumar um casamento para mim, mas não sabia conviver com ninguém. Como viver uma relação de amor se não sabia o que era isso?


Nasci, vivi e morri numa gaiola de ouro.

Morri como nasci: cercada de serviçais que se encarregaram dos ritos finais.

Voltei para a pátria espiritual num mundo de sonhos onde continuei habitando o meu castelo real.

Não sei quanto tempo passei assim, mas um belo dia fui convocada a comparecer numa edificação no local onde estava e me informaram que deveria reencarnar. Apesar da minha negativa tive que me preparar para essa jornada.

Nasci numa família numerosa, que nem me lembro como me receberam, mas não queria lá estar. Claro que não me sentia à vontade, não tinha nada em comum com aquelas pessoas. Até a minha aparência física diferia dos demais. Tratei-os como achei que mereciam e procurei de alguma forma um meio de fugir daquela realidade, pois em mim ressoava a minha estirpe real que nada tinha a ver com aquela gente que se dizia "minha família". Na realidade eles foram meus antigos serviçais e era assim que eu os considerava ainda.

Enlouqueci e me internaram num sanatório.

Mais uma vez de uma forma compulsória estou sendo trazida para a realidade. Alguém deve se preocupar comigo e gostar de mim, mas ainda não consegui perceber quem é.

Estou aqui neste momento trazendo a minha realidade para mostrar que mesmo que você queira parar na sua caminhada evolutiva, em algum momento você é reconduzida a enfrentá-la e retoma-la.

Estou me preparando para voltar à realidade e deixar meu mundo de sonhos e de loucura. Estou sendo auxiliada ,pois o caminho será árduo, mas terei que conseguir.

Fogem-me as palavras...não sei mais como continuar.

Creio que passarei por um longo período de sono para me restabelecer e poder voltar.



Olá!
Esta é uma história verídica que aconteceu num atendimento do grupo. 

É uma pessoa encarnada que tentou fugir na realidade durante mais de vinte anos. Sua família aflita e receosa de perdê-la veio pedir ajuda.

O grupo atendeu e temos boas expectativas em relação à recuperação da "princesa". Vamos trazê-la para o mundo dos plebeus , se Deus quiser, pois há uma família aflita esperando por ela para serem felizes.

Aqui está mais um relato de caso de como uma personalidade do passado quase anula uma pessoa, um lar e uma família.

Vamos acompanhar a história da princesa. Este foi apenas o primeiro capítulo.

Namastê

Sonia Maria












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