Os Caminhos da Mediunidade
A leitura de temas espiritualistas é uma constante em minha vida. Seja com a finalidade de estudo ou de lazer. Há sempre, como na ciência, alguma coisa nova a aprender.
Estou lendo, por lazer o livro " O Palácio Encantado da Mediunidade" de R.A.Ranieri, psicografado sob orientação do espírito de Monteiro Lobato, e cheguei em um capítulo que é descrita uma situação de desdobramento dos corpos espirituais do médium Chico Xavier, num momento em que psicografava um texto com Emmanuel.
A linguagem simples, peculiar de um escritor de livros infantis, usada para descrever o desdobramento de corpos espirituais me encantou.
Vejam:
O cenário era de uma visita de um grupo de espíritos, do qual Monteiro Lobato fazia parte, ao centro onde Chico atendia em Pedro Leopoldo. Acontecia uma sessão de psicografia e Monteiro Lobato estava interessado em entender como acontecia a psicografia. Acontece, então um fato diferente assim descrito:
...."Enquanto Chico-corpo escrevia impulsionado por Emmanuel, que transmitia uma mensagem, o Chico-espirito desprendia do corpo e passava para o mundo espiritual. "
continuando, Monteiro Lobato se diz surpreso com o desdobramento de corpos e diz:
" - Agora, percebo melhor as coisas- disse o grande escritor. Não sabia que tínhamos dentro de nós duas criaturas.
- Só duas?! exclamou rindo, o Chico número 3. De acordo com o esoterismo, temos sete. Isto é com o corpo, sete veículos dirigidos pela alma. Eu estou no terceiro veículo. O Chico 4, o Chico 5, o Chico 6 e o Chico 7, são tão altamente diferentes de mim que ninguém pode fazer uma idéia."
......"Toda criatura dispõe de sete veículos principais e com eles a alma vive através dos mundos ou faixas vibratórias no trabalho incessante da própria espiritualização."
Fiquei encantada com a forma simples da explicação. Deste jeito qualquer pessoa entende. Pode não aceitar, mas entende.
Mas o que seria esta alma que é composta de uma forma setenária?
O Espírito
É um termo de amplo significado, sendo interpretado de diferentes formas nas correntes religiosas e científicas. A palavra espírito é usada para definir o princípio que anima o corpo físico.
Na Terapia de Vidas Passadas é considerado o princípio inteligente individualizado, tendo como sinonímia "alma" ou "centelha divina".
Na maioria das línguas antigas, como Sânscrito (atman), o Hebraico (ru'ah) e o Grego (pneuma) a palavra tem o sentido de "sopro", o sopro vital ( lembram da história de como D'us fez Adão? D'us fez um boneco de barro e soprou para que ganhasse vida. ). Significa basicamente "aquilo que vivifica".
Na filosofia moderna o termo toma uma conotação de alma racional ou intelecto. É usado, muitas vezes, em oposição à "palavra" : " A letra mata, mas o espírito vivifica" (Co,3:6) ou seja, o termo toma significado de algo que visa demonstrar a essência de um ensinamento: exemplo "O Espírito das Leis" de Montesquieu.
Nas diferentes crenças o espírito é um ser sobrenatural, incorpóreo, bom ou mau como descrito nas teologias e mitos, como por exemplo: anjos e demônios.
Nas tradições é um ser imaginário que pertence a contos, mitos e lendas com poderes tal como elementais, duendes, gnomos etc.... São os chamados espíritos da natureza que formam uma classe especial de entidades.
No cristianismo temos a figura do Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade.
No espiritismo: o Princípio Inteligente do Universo” (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, q. 23). “Os espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material.” (q. 79) Seriam almas humanas desencarnadas, sem corpo físico. Por um lado, de acordo com o Livro dos Espíritos, o espírito não é “um ser abstrato, indefinido (…) É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato”. Por outro lado, no mesmo O Livro dos Espíritos, vemos a afirmação de que “Pela sua essência espiritual, o espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele”. Essas duas passagens de O Livro dos Espíritos pareceriam uma contradição se não levassemos em conta os dois níveis do espírito. Num nível menos elevado e mais próximo à matéria, quando revestido pelo envoltório fluídico, ele se torna definido e circunscrito, podendo ser apreciado pela vista e pelo ouvido. Num nível mais universal, ele não pode ser bem definido, pois nos falta a inteligência e a elevação para esse fim. Acrescenta ainda que “O Espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão ou uma centelha etérea.” (q. 88) Esse é o sentido que a maioria dos terapeutas de vidas passadas confere ao termo espírito.
Nas Tradições místicas o sentido geralmente empregado é o de espírito como sendo um princípio universal; uma eternidade e um infinito. A própria expressão da divindade dentro de nossa compreensão. Nesse caso, o espírito não é tido como individualidade, como um ente, mas como a energia primeira de Deus, que permeia o Universo inteiro. É a não-dualidade: a unidade primordial. É o fundamento de tudo o que existe.
No Rosacrucianismo é a energia que dá origem ao mundo material. Esta é chamada de Energia Espírito. Esta seria uma matéria sutilíssima e intangível que tem o poder de animar as coisas, ou seja, os objetos e fenômenos do mundo. Os estóicos já usavam o termo espírito nesse sentido, assim como os magos da renascença (Abagnanno, Dicionário de Filosofia). Também os alquimistas e os rosacruzes usavam espírito com esse sentido: “Os grandes rosacrucianos sabem preparar um líquido a que dão o nome de ‘espírito universal’. Esse líquido é extraído da atmosfera, da neve, da chuva ou do orvalho. É uma condensação do espírito da natureza que tudo vivifica”. (O. M. Aïvanhov)
Na Terapia de Vidas Passadas, o termo empregado está mais próximo do Espiritismo, embora tenha algo também de misticismo. O espírito é uma individualização da unidade total. Seria como o ponto dentro do circulo; ao mesmo tempo que o ponto tem a natureza do circulo, o primeiro é menor que o segundo e está nele incluído.
É considerado o ser humano na ausência de corpo físico, após a morte.
Para você o que é o Espírito?
Este texto foi uma compilação de trechos do livro O Palácio Encantado da Mediunidade e de uma matéria escrita por Hugo Lapa sobre Espírito.
Aqui fica mais um pouquinho da matéria que estudo e compartilho com vocês.
Namastê



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